quinta-feira, 8 de maio de 2008

Urânio

Para além de ser utilizado na produção de bombas atómicas, o Urânio é o principal elemento envolvido no processo da Energia Nuclear, como combustível em centrais nucleares para a produção de energia eléctrica.
O Urânio é o último elemento químico natural da tabela periódica, sendo o átomo com o núcleo mais pesado que existe naturalmente na Terra.
Quando puro, é um sólido, metálico e radioactivo, muito
duro e denso
, com cor cinza.


Como começou?
Tudo começou em 1789, quando
se comprovou a existência de uma "substância semi-metálica" no minério uraninita, ao qual se deu o nome de Urânio em honra da descoberta do planeta Urano.
Mais tarde, conseguiu-se isolar o Urânio metálico, e em 1896 descobriu-se a propriedade da radioactividade no Urânio (foi o primeiro elemento químico onde se descobriu esta propriedade).
Em
1934, ao bombardear Urânio com neutrões, emitindo assim partículas alfa, concluiu-se que este bombardeamento dava origem a isótopos de elementos mais leves, como o kripton ou o bário, por fissão do seu núcleo, libertando uma grande quantidade de energia.
Comprovou-se, em 1939, que a fissão produzia novos neutrões que poderiam originar novas fissões noutros núcleos e tornar, assim, a reacção auto-sustentada.
Em 1942, para a primeira reacção nuclear de
fissão auto-sustentada, foram utilizadas 400 toneladas de grafite, seis toneladas de urânio e 58 toneladas de óxido de Urânio. O primeiro teste de uma arma nuclear baseada na fissão do Urânio foi realizado em 1945 no Novo México.
Onde há?
Podem-se encontrar vestígios de Urânio em quase todas as rochas sedimentares da crosta terrestre. Os minerais que contêm Urânio são a
euxenita, a carnotita, a branerita, a torbernite e a coffinita, sendo o mais comum minério de Urânio a uraninita (composta por UO2 com U3O8).
Os principais depósitos destes minérios situam-se nos EUA, Canadá, Rússia e França, mas o maior depósito do mundo de uraninita situa-se nas minas de Leopoldville no
Congo, África.
Para quê?
Antes da descoberta da Energia Nuclear o Urânio era muito pouco utilizado. Era utilizado em
fotografia, nas indústrias de cabedal e madeira, e os seus compostos eram utilizados como corantes e fixadores de cor em sedas e lã.
Actualmente, a aplicação mais importante do Urânio é a energética, na produção de Energia Nuclear em centrais nucleares, e assim de energia eléctrica. Utilizam-se três isótopos do elemento – 234U, 235U (o mais utilizado) e 238U – com mecanismos de reacção ligeiramente diferentes.
Devido às suas características – alta dureza, alta
densidade (17,3 g/cm3) e alto ponto de fusão (1132 ºC) – o Urânio é também utilizado no fabrico de projécteis de armas de fogo, onde normalmente se utiliza o chumbo.
Faz mal à saúde?
O Urânio pode prejudicar a saúde do ser humano, tendo em conta que atinge o
sistema linfático, sangue, ossos, rins e fígado, causando envenenamento de baixa intensidade (inalação, ou absorção pela pele), náuseas, dores de cabeça, vómitos, diarreia e queimaduras. Este mineral, por não ser reconhecido pelo ser vivo, não é eliminado do organismo, sendo progressivamente depositado sobretudo nos ossos; a radiação assim exposta pode provocar o desenvolvimento de cancro – os trabalhadores de minas são frequentemente casos de cancro pulmonar.
O que é o Urânio enriquecido?
O termo “
combustível nuclear” é normalmente empregue para designar o material que pode sofrer fissão nuclear.
O dióxido de Urânio (UO2) é
matéria-prima no fabrico do combustível nuclear nos reactores nucleares, dado que é muito pobre em Urânio físsil (235U92), ou seja, que pode sofrer fissão nuclear. Apenas 0,7% dos átomos de Urânio presentes nesse óxido são 235U92; os 99,3% restantes são 238U92, não físsil. Deste modo, é necessário um novo tratamento para separar o isótopo físsil do isótopo não físsil.
Este tratamento é o enriquecimento do Urânio; consiste em transformar o dióxido de Urânio no
gás hexafluoreto de urânio (UF6) e fazer este gás difundir-se por placas porosas e, assim, separar o 235UF6 do 238UF6. O gás hexafluoreto de Urânio enriquecido volta a ser convertido em dióxido de Urânio, e é este o óxido que constituirá finalmente o combustível nuclear.
[Texto redigido por Ana Mafalda]

7 comentários:

Anónimo disse...

Muito bem retratado sobre uranio parabens.

Anónimo disse...

muito bem explicado parabens

Anónimo disse...

Muito boa explicação. Parabéns !!! Indico muito o SITE !!!

Anónimo disse...

Gostei bastante da forma que foi levantado a disertação estruturada, só sente falta de mais conteudo, porém parabéns!!!

Anónimo disse...

Muito bom, mas faltou uma explicação sobre como se obtém Urânio puro.

Anónimo disse...

uma merda de porra do caralho vc é muito idiota vai se fude

Anónimo disse...

li li e li mas nao encontrei onde se utiliza mais :C