terça-feira, 29 de abril de 2008

Fusão Nuclear



De um modo geral:


Na Fusão Nuclear, dois ou mais núcleos atómicos juntam-se e formam um outro núcleo de maior número atómico. A fusão nuclear requer muita energia para acontecer, e geralmente liberta muito mais energia que consome. Quando ocorre com elementos mais leves que o ferro e o níquel (que possuem as maiores forças de coesão nuclear de todos os átomos, sendo portanto mais estáveis) geralmente liberta energia, e com elementos mais pesados consome.






... especificando





O processo baseia-se em aquecer suficientemente núcleos de deutério até se obter o estado plasmático. Neste estado, os átomos de hidrogénio desagregam-se permitindo que ao se chocarem ocorra entre eles uma fusão produzindo átomos de hélio. A diferença energética entre dois núcleos de deutério e um de hélio será emitida na forma de energia que manterá o estado plasmático com sobra de grande quantidade de energia útil.
A principal dificuldade do processo consiste em confinar uma massa do material no estado plasmático já que não existem reservatórios capazes de suportar a elevada temperatura. Um meio é a utilização do confinamento magnético.



concluindo ..



O emprego pacífico da energia de fusão está em fase experimental, existindo incertezas quanto a sua viabilidade técnica e económica.
Os cientistas pretendem construir uma central experimental de fusão para comprovar a viabilidade económica do processo como meio de obtenção de energia.
[Texto redigido por Raquel Sofia]

Construção de uma central nuclear em Portugal

NÃO! Porquê?

  • Devido à inexistência de locais seguros para a sua construção;

  • Dificuldade de adaptação por parte da rede de energia nacional (REN) relativamente aos 1.600 Mw produzidos por uma central;

  • Gastos dispendiosos para a construção da central especificamente;

  • O lixo radioactivo produzido diariamente que provocam um grande impacto ambiental;

  • A sobreexploração das minas de urânio;

  • A forte contestação por parte da sociedade;

  • Possíveis acidentes nucleares e a influência das radiações.

SIM! Porquê?

  • Contribui para a diminuição do consumo dos combustiveis fósseis;

  • Emite uma taxa de dióxido de carbono inferior à dos combustíveis fósseis, energia mais "limpa";

  • Mais económica pois não seria necessária a importação de energia do estrangeiro;

  • Produz grandes quantidades de energia;

  • Aproveitamento dos recursos disponiveis (urânio);

[Texto redigido por Diana Vieira e Marta Silva]

Energia Nuclear como alternativa

Estabelecendo uma simples analogia entre a energia nuclear e o urânio, verifica-se que esta energia é alimentada pelo equivalente a dois camiões carregados de urânio, barato e abundante, importado de países estáveis como o Canadá ou a Austrália.
- Emissões de gases ou ácidos: zero.
- Cinzas e poeiras tóxicas: zero.
- Desperdícios altamente radioactivos: alguns baldes.

É então talvez um pouco precipitado rejeitar a energia nuclear, justamente quando mais precisamos dela para combater o aquecimento global.

As vantagens da utilização de energia nuclear em substituição dos combustíveis fósseis são impressionantes. Sabemos que a energia nuclear é segura, limpa e eficaz porque, neste momento, mais de um terço da electricidade da Europa Ocidental é gerado por 137 reactores nucleares. Ao todo, 438 reactores fornecem quase um sétimo das necessidades de electricidade a nível mundial.
Os grandes receios relacionados com a energia nuclear concentram-se sobretudo na radiação. No entanto, a radiação faz parte do nosso ambiente natural e podemos viver com ela. Todos somos continuamente expostos a radioactividade natural, proveniente sobretudo das rochas e do solo. O bombardeamento de radiação aumenta em 10% quando dormimos ao lado de outro ser humano.


Porquê tanto medo?

Afinal, se a energia nuclear fosse tão perigosa como se crê, não estaria a França, que tem 59 reactores que fornecem 78% da energia gasta pelo país, gravemente poluída e sem hipótese de salvação? Mas não é esse o caso; muito pelo contrário. O campeão mundial da energia nuclear vive em segurança e a sua saúde é uma das melhores do Mundo. Bruno Comby, um cientista nuclear que fundou a organização Ambientalistas Pela Energia Nuclear, com 6000 apoiantes, afirma que a energia nuclear barata utilizada pela França reduziu a poluição de dióxido de carbono de origem industrial em cerca de 90%.
A energia nuclear é muito mais limpa e segura do que os combustíveis fósseis – e também a mais barata, segundo um estudo recente da Comissão Europeia.

A menos que deixemos de nos preocupar com riscos estatísticos ínfimos - ainda que reais - e nos concentremos na protecção do planeta onde vivemos, as nossas perspectivas são más. Neste mundo eléctrico, a energia nuclear é a nossa única esperança.


[Texto Redigido por Raquel Sofia]

Acidentes Nucleares

Acidentes críticos

Chernobil é um exemplo de acidente crítico e de fuga de energia dos reactores nucleares. No acidente de menor escala em Sarov, um homem que trabalhava com urânio altamente enriquecido sofreu irradiação quando tentava realizar uma experiência. O acidente de Sarov é interessante uma vez que o sistema permaneceu em estado crítico durante muitos dias até que pudesse ser detido. Este é um exemplo de um acidente de âmbito limitado em que poucas pessoas podem sofrer ferimentos, já que não se produz fuga de radioactividade. Um exemplo bem conhecido deste tipo de acidente ocorreu no Japão em 1999.


Deterioração térmica

São os produzidos por operação fora dos limites de temperatura de funcionamento de um reactor. Por exemplo, em Three Mile Island, o escoamento do líquido de refrigeração uma vez interrompida, a reacção nuclear, num reactor de água pressurizada, produziu um aumento de temperatura por falta de água para arrefece-lo. Como resultado, o combustível nuclear sofreu danos e a estrutura interna do reactor fundiu-se.


Transporte

Acidentes de transporte podem causar uma liberação de radioactividade resultando na contaminação causando irradiação directa. Em Cochabamba um aparelho de radiografia com raios gama com defeito foi transportado num autocarro como carga. A fonte gama estava fora da blindagem, e irradiou alguns passageiros. No Reino Unido, foi revelado num recente caso judicial que uma fonte de radioterapia foi transportada de Leeds a Sellafield com blindagem defeituosa, no entanto não houve feridos.


Falha de Equipamento

Recentemente em Białystok, na Polónia, os dispositivos electrónicos associados a um acelerador de partículas, usado para o tratamento de cancro, tiveram um mau funcionamento. Embora a falha inicial fosse simples, esta desencadeou uma série de eventos que levaram a ferimentos por radiação.


Erro Humano

Uma pessoa que calcule de forma errada a actividade da fonte de teleterapia, levaria o paciente a receber a dose errada de raios gama. No caso de acidentes de radioterapia, os pacientes não receberiam os benefícios do tratamento prescrito. Também os seres humanos cometem erros, enquanto operam equipamentos e instalações, que têm resultado em overdoses de radiação, tal como nos acidentes de Nevvizh e Soreq.


Perda de fonte

Acidentes por perda de fonte são aqueles em que uma fonte radioactiva é perdida ou abandonada. A fonte pode então causar danos a seres humanos e/ou ao ambiente. Por exemplo, o evento em Lilo onde fontes foram abandonadas pelo exército soviético. Outro caso ocorreu em Yanango, onde uma fonte de radiografia foi perdida. Também em Samut Prakarn uma fonte de teleterapia de cobalto foi perdida e em Gilan, no Irã, uma fonte de radiografia feriu um soldador. Porém o melhor exemplo deste tipo de evento é o acidente de Goiânia que ocorreu no Brasil


[Texto redigido por Grupo Nuclear]